quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Transcendes-me.
No teu corpo procuro regras, sabendo que, enfim, não encontrarei.
Consegues controlar a minha fúria de sentir,
Por fazeres com que, mais, sinta essa fúria.
Em sonhos, me adormeço sobre ti.
E no real, sou quem me perco entre teus sonhos...
E se o não faço, não são cores, mas são teus olhos,
E se o não sinto, não sei quem serei, meu rei.
É, no fundo, na embriaguez do corpo,
Que se implica a seriedade de um abraço,
Mas esse abraço é cada vez mais escasso,
Quando roubam a alegria de viver.
Mas, no entanto, nunca roubam a alegria de sentir...
Pois, no final, o que senti foi teu,
O que sentiste, é meu,
E disso, há provas.
Diz-me mais palavras, se as inventas.
Diz-me, pois inspiração aguentas,
Pois inspiração me crias,
Pois inspiração me tentas.
No final, como direi,
Posso parecer não ter nada.
O que não tenho é mágoa de viver
Por quem não soube sentir ou sofrer,
Por quem não soube amar quando aqueceu.
Recusam-me.
Nas palavras quero ter-te, pois te sei.
Mas eu não só as palavras te darei.
Eu te amei.
Chorei com o meu corpo.
Teimei com a teimosia de te ter...
E agradeço por sentir-te me sentires...
No fim fico feliz, por te ver sorrir.
Porque amar não é mais que o sentir do teu olhar
Porque amar não é mais que o desvendar do teu calor quando me tens....
Mas não quero usar de novo o verbo amar.
Vou criar uma palavra só para ti.
Que descreverá tudo o que não esqueci.
E será pensada em ti...
Boa noite, príncipe....

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