Gosto do nevoeiro.
Invejo quem não escreve e se acompanha pela mente.
Nunca se desmente.
Gosto daquela casa, tem janelas.
Faço-me aquecer deambulando em suas telas.
Invejo a chuva,
Ela cai sem lhe doer.
O quanto sou invisível é ela quem me faz ver.
Faço-me demorar
Para evitar as suas gotas.
Contradizem o nevoeiro que me esconde.
Vou sóbria na poesia que é, enfim, quem me dá nome.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Dispo-me de sentidos
Para te ouvir falar.
Deixo-me seguir, caída dos teus braços,
Sabendo que fui eu a me atirar...
Dispo-me das rosas, do vento, de tudo,
Fui flor sem me deixar sentir.
Quis ser mais para ser tudo,
Ser nada pois nada é mudo,
Chegar e deixar-me fugir.
Malmequer quem me bem queira,
Terá, decerto, infortúnio.
Sou casa numa lareira,
Remos a arder,
Muito fumo.
Fui ver que a noite caía,
Deixei de me ver ali.
Diz-se que a noite está fria
E eu à espera de ti.
Dispo-me de sentidos
Para te ouvir tocar.
Sou nada.
Nada tenho mais,
Que os teus braços caídos,
À espera de me abraçar.
Para te ouvir falar.
Deixo-me seguir, caída dos teus braços,
Sabendo que fui eu a me atirar...
Dispo-me das rosas, do vento, de tudo,
Fui flor sem me deixar sentir.
Quis ser mais para ser tudo,
Ser nada pois nada é mudo,
Chegar e deixar-me fugir.
Malmequer quem me bem queira,
Terá, decerto, infortúnio.
Sou casa numa lareira,
Remos a arder,
Muito fumo.
Fui ver que a noite caía,
Deixei de me ver ali.
Diz-se que a noite está fria
E eu à espera de ti.
Dispo-me de sentidos
Para te ouvir tocar.
Sou nada.
Nada tenho mais,
Que os teus braços caídos,
À espera de me abraçar.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Perco-me em contradições
E levo-me onde o tempo não se conta.
As estrelas, hipotéticas noções
E o vento é o que, lento, nos afronta.
Sem medo a vida não é mais que o nada
E palavras corridas são vazias
Se me levasse o tempo a madrugada
Seria choro em lágrimas razias.
Inventar palavras para páginas limpas
O álcool que me imponho sem calor.
Passa-lhe o efeito, e (re)volta-me a dor
E fujo ao que desisto de mim...
Corro sem forças por (não) ser assim...
E levo-me onde o tempo não se conta.
As estrelas, hipotéticas noções
E o vento é o que, lento, nos afronta.
Sem medo a vida não é mais que o nada
E palavras corridas são vazias
Se me levasse o tempo a madrugada
Seria choro em lágrimas razias.
Inventar palavras para páginas limpas
O álcool que me imponho sem calor.
Passa-lhe o efeito, e (re)volta-me a dor
E fujo ao que desisto de mim...
Corro sem forças por (não) ser assim...
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Qual o destino?
Para onde é que me levas?
O vento sopra sem sentido,
És tu vão nas tuas trevas?
Destino?
Qual é o destino?
Soa a música como vida
O meu sonho não tem tino,
Não tens tino?
Bate que bate a tortura
Que não sei que dela digo.
És tu vão nas tuas trevas?
És tu, nelas, meu abrigo?
Qual é o destino?
Não me cales...
Não te cales...
E as vozes que nos soam,
Semelhantes ao passado,
Acham-se aves que em nós voam,
Nos levam para outro lado.
A música não me pega,
Não tenho como a dançar,
E diz-me qual é o destino
Que em mim vais desenhar...
Dança comigo,
Se também não sabes...
Qual é o destino.
Para onde é que me levas?
O vento sopra sem sentido,
És tu vão nas tuas trevas?
Destino?
Qual é o destino?
Soa a música como vida
O meu sonho não tem tino,
Não tens tino?
Bate que bate a tortura
Que não sei que dela digo.
És tu vão nas tuas trevas?
És tu, nelas, meu abrigo?
Qual é o destino?
Não me cales...
Não te cales...
E as vozes que nos soam,
Semelhantes ao passado,
Acham-se aves que em nós voam,
Nos levam para outro lado.
A música não me pega,
Não tenho como a dançar,
E diz-me qual é o destino
Que em mim vais desenhar...
Dança comigo,
Se também não sabes...
Qual é o destino.
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