sábado, 28 de novembro de 2009

As últimas folhas já caíram.
Não posso escrever-te mais.
São mais que as folhas das árvores,
Estas que me dão sinais.
E no fim, na inconsciência,
Dói-me tanto, tanto mais...
Essas palavras, não mais.

É o fim da primavera
Que resguardo num sorriso.
E ao dá-lo, querer espalhá-lo,
Só o sinto mais submisso.
É o fim, na inconsciência,
Da ciência do sorriso
Doutras palavras, não mais.

Pois no frio do relento,
Que desejo ao som do vento,
És perigo de morrer,
És o ter-te e o não te ter,
És perder-te no entretanto,
E encontrar-te no meio
Do não te ver.
E é no frio desse vento
Que só ouço no relento
Que te queria em mim perder...
No lugar onde o entretanto,
Esse que agora dói tanto,
Seria só para te ter...

domingo, 8 de novembro de 2009

Já não sei, como outra vez,
O que é que me pede o frio:
Que relembre o que me fez,
Que procure o meu vazio?
Mas não sabe o que em mim vês,
Porque insiste em descobri-lo?
Sei que já não sei escrever,
Porque sentir-te em meu ter,
É mais lindo que o dizer....