quinta-feira, 4 de julho de 2013

Que se faria sentir, disse-me.

Que se faria sentir o vento,
Disse-me o corpo,
Se a pele não se tapasse ao seu relento.
Que se faria sentir a noite
Sem mais nada ao seu calor,
Se não se fechassem os olhos
À cegueira do seu amor.
Que se faria sentir
Sem mais nada
A madrugada.

Que se faria sentir o tempo
Se mais nada se contasse
As histórias ao invés do seu tormento
E o momento à espera
Que o tempo se arregace.
Que se faria sentir
Sem mais nada
O desespero,
E o que fica dele
É o que já não sei.
Nem sequer sei se amei,
Já não o espero.