quarta-feira, 29 de abril de 2009

Não sei escrever!

Não sei escrever. E neste momento, sinto-me especialmente burra, porque não consigo pensar. (Chiça p'ras aulas de sociologia - Eu não disse isto) Estamos há coisa de meia hora à espera do professor, e o pior é que quando ele chegar a seca ainda vai ser maior do que quando ele cá não estava - Palavras defendidas por 5% da turma e aceites por cerca de 100% da turma. Continuo a não escrever isto. Mas voltando ao tema de início: não consigo escrever! As palavras saem-me dos dedos como se as estivesse a vomitar e nada, mas nada me sai de jeito. E o pior é que efeito nenhum elas criam nas pessoas que as lêem. Talvez se deixasse as unhas crescer, as palavras que escrevi com as pontas dos meus dedos arranhassem... São ideias muito, como é que se diz (?)........ abstracto-concretas :p ....
Mas o professor ainda vem... Aposto que o professor ainda vem... GRRRRR! Mas eu não consigo escrever esta treta, nem por nada! Trouxe o pc para a aula para me entreter a vomitar palavras importantes e com significado, mas importância e significado é coisa que eu não consigo incumbir às palavras.
Estou hiperactiva e preguiçosa :p vou ver se tomo um café para me dar o sono e me afastar a preguiça. Ahhhhhhhh!!! "Vamos embora! Vamos embora!" "Eu também axo... 10 horas, já passa meia hora!" .... Só me apetece rir-me... Rir-me e chorar ao mesmo tempo :p AIiiiiiiii! "Se tivessemos a manhã livre....."

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sil

Conquistei, finalmente, o silêncio. Aquele que pedi quando achei que nada mais me faria falta senão sentir que só eu grito nesse mesmo silêncio. Neste momento, sou observadora de um mundo que não merece de mim melhores olhos para ser visto. Estou sentada na cadeira verde a escrever coisas das quais finjo saber o significado. Trabalhar? Trabalhar..... Era bom, se eu conseguisse pensar nisso, ou mesmo sem pensar, fazê-lo. Mas permaneço no silêncio que conquistei na esperança de o ter conquistado. As pessoas são pálidas, e invocam palavras na esperança de receber em troca aquilo que querem, mesmo que não sejam pretensiosas disso... Não sabem elas o tempo que perdem nessa invocação. Às vezes o melhor é mesmo ficar-se calado, no meio do silêncio que conquistamos.
Mas passado algum tempo, sejam dias, horas, minutos; dependendo do nível e da velocidade da carência de palavras e de barulho, sinto-me sozinha. Pensando bem, parece que nunca estive acompanhada o suficiente para saber o que é estar sozinha, mas na verdade é como me sinto.
Tenho fome.... Mas nem para isso me apetece levantar-me. Será isso preguiça? Será a conquista do silêncio uma desconquista da capacidade de economizar? Aqui, economia, é a realização de alguma actividade para sobrevivência... Enfim, neste mundo que só nos pede aquilo a que muitas pessoas podem responder, mas simplesmente porque se acham melhores noutras coisas, não o fazem...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Gritar...

Não me restam senão as palavras para gritar,
E, mesmo as palavras, escasseiam.
Elas estão em tudo quanto é lugar,
Para me assombrar.
Quero escrever o que não digo,
Desenhar no meu corpo o que sonho...
Não sei quem és, não penso em ti senão com palavras.
E, em mim, apenas sobram palavras, desse sonho.
E esse sonho não é mais que um pesadelo medonho
Que me faz feliz quando eu o sonho.
Quebram-me as asas, as palavras.
Cortam-me o calor com o frio do vento
Que por mim passa, se não voo.
E, em mim, não restam senão palavras
E as palavras cansam-me o pensamento...
Dói-me a cabeça, quero gritar!
Quero gritar porque não te quero,
Quero gritar que quero sonhar
Esse pesadelo medonho
Onde não me deixas entrar...
Mas todo o mundo são só três palavras
Mais quatro letras que eu não sei usar.
É um sofrimento sentido
Que já não sinto,
Mas que não posso largar...
Não me deixas suspirar,
Não me deixas respirar!
Apenas quero gritar...
Não te peço a tua voz para cantar...
Quero um lugar seguro
Para gritar a monotonia do meu pensamento
Sem ter que usar palavras!

Desespero por receber resposta ao meu grito,
Por saber de onde vem aquela voz...
Não posso mais viver, sem saber para que vivo,
Sem sentir que posso ser a mais veloz.
Não sei se o sonho é inspirado,
Não sei se quererá ser, por mim, sonhado...
Mas se lá estiveres, responde-me.
Não sou quem penso que sou,
Não sou quem pensas que sou,
Não és quem pensas que és
Não és quem penso que és...
Estou perdida entre carências.
Quero gritar!
Quero gritar a incompreensão que me fazes sentir,
Por mais clara que eu seja.
Eu apenas quero ser feliz,
Sem a felicidade que me deste.
Não vivas de crenças infundadas,
Não sonhes comigo,
Deixa-me apenas sonhar!
No meu egoísmo, se não me deixas sonhar,
Deixa-me apenas dormir...
Se não me deixas dormir,
Deixa-me apenas pensar
Sem as tuas palavras!
Deixa-me gritar!
Se não me deixas gritar,
Deixa-me morrer...

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

...

Escrevo no teu corpo, sem palavras
A vontade que tenho de te amar, sem o poder
Não quero enganar as folhas deste livro
Com tinta que está gasta por palavras gastar
Sem o querer.
Escrevo sem penas das tuas asas
Pois elas servirão para me fazer voar, quando te amo...
Há coisas que não quero, e pelas quais desespero
Sem força p'rás alcançar
Escrevo, e fico por aqui.
Páginas em branco, de tinta invisível...
Escreves que me amas, sem palavras
Sei que me amas...
Não quero que me ames, pois não tenho palavras p'ra te dar.