domingo, 14 de junho de 2015


27.03.2015

Agora deixas que o tempo morra
Feito dono desmedido do que lhe atenta.
Faz com que o sono deixe antes
A tua mente lenta
E a vida corra.

Agora já não sabes o teu nome,
Aquilo que escreves no teu corpo é carícia sedenta.
Não faças mais nada, espera, da vida o seu perfume,
Que a vida é mais vida que aquilo que o corpo tenta.

Agora podes ser só mais um no teu espírito.
Pensa, não faças, dança, que o tempo é finito.


27.03.2015

Foi o que foi este entretanto
Em que me torno
Dona de mim mesma, de ti,
Dos afins de um tempo
Em que sorri, morri.
No desespero em que faço
Mais um pouco de mim,
O que escrevo não me faz minha;
Tão pouco dona de mim,
Sê-me então.
Fui mais um pouco, talvez, talvez não.
Sou o que o tempo traz e me deixa na mão.
23.03.2015


Derramem as loucuras só mais um pouco
Por mais que puras
Que a lua sob este azul já não sabe medir os sentimentos.
A lua sob este azul, imponente tortura,
Mais um porto de sabedoria, de loucura,
Que aproveito mais que só nestes momentos.

Sobre o virar a página não digo mais nada
E as vísceras, do avesso me são nada,
E uma madrugada, talvez,
Sei o avesso de mim, da forma que não me vês,
E dá-me úlceras.
´
Sob mim sei lá o que serás:
Menos que a lua sob este azul,
Mais do que a forma como me vês.