quinta-feira, 31 de março de 2011


Pedi um café e um copo de água
E do copo de água viu-se o mar.
Tirei foto para guardar
O sal que ficou da mágoa.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Já não me adianta gritar suspiros pelo escuro.
Não são palavras que me socorrem.
Não, nem o vento.
Já não adianta gritar gemidos rentes à minha pele,
Por mais que neles esteja o teu nome.

Vou-me deixar sofrida em quatro cantos.
Desse meu sofrimento que me afoga,
Vou quebrar-me de letras, vou quebrar-me de fonemas,
Foi no vento o que ele levou e não me afaga.

Já não me adianta gritar que quero, se o já tenho.
Ao mais que vem do tudo, que me amansa.
São cores que as nuvens tapam na esperança,
São coisas.

Não vou olhar para trás, que o tempo é pouco.
Amanhã não estarei no meu refúgio.
E no que o tempo trás, é vão e louco.

Carente de sentidos, cá me arrasto,
Sentindo o chão agreste que me sofre...
E assim, guardando o tempo no seu cofre,
Vou limpando de mim esse teu rasto.