quinta-feira, 29 de julho de 2010

Esqueci-me de como se escrevem palavras,
Para desenhar o teu nome.
E na imensidão de frases inacabadas,
Me pinto o teu perfume.
Foi num abraço.
As estrelas apagaram-se com o fogo,
A lua, alaranjada já se apaga,
E eu, desamparada, por ti mudo,
Já não sei escrever reles palavra.
Porquê, não me pergunto.
Custa-me explicar-me, porque o sei.
Mas neste suspirar de um beijo, estudo,
O que em palavras, sós, um dia amei.
Foste tu? Não.
O tempo não permite hipocrisias.
Se um dia não fores tu, não é ninguém.
Serão as palavras único alguém,
Rasgarei o desenho que me tenta.
Perderei o que em meu corpo se inventa.
Deixarei de me pintar o teu perfume,
Porque um dia foste fogo, e eu fui lume.