Sou escrava
De um castigo que me ponho,
Assim definho.
Nem o banho que me lava
Ou o café que me desperta
Cria O sonho.
A esperança que já tive
Não me dá imensidão,
Não me ilumina.
Carente do que me tenho,
Já nem o medo em mim vive,
Não sou minha.
Sou escrava
Deste perigo em que me largo, proeminente.
Vou cair.
E desta escravidão
Já nem me resta o coração
Que me desmente.