terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Parece-me que já não sentes
O vento a dormir.
Parece-me que não assobias
As palavras.
parece-me que adormeces
Sem te veres sorrir.
E que te imprimes amarras.

Parece-me que já não sonhas
Com castelos.
Parece-me que já resguardas
Os suspiros.
Parece-me que não te deixas
Sequer tê-los,
E que deambulas sem senti-los.

Parece-me que não sei
Continuar este poema.
Ensinei-me a sonhar,
E embalei-me nesse dilema.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Talvez seja do ar,
Talvez seja do frio ou do pouco calor.
Talvez seja do ar que não consigo respirar,
Ou do indefinido amor.

Talvez seja do que não é,
Do que perde a sua estrada,
Ou quando há vento no caminho.
O vento que sopra gelado
Vem de encontro ao meu carinho,
E o carinho abandonado,
Já não se faz, nem do nada.


Talvez seja do sol,
Que frio, se esconde no céu limpo.
Talvez seja do silêncio que decresce.
Talvez seja do tudo que não me minto,
Ou do que desce.

Talvez não seja.
Talvez não seja nada.