segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

domingo, 14 de fevereiro de 2010

E assim morre o desassossego,
No local onde a esperança já foi medo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ficou no vento que voou,
Não veio mais.
Essa tristeza só ficou por confiança
De que em tempos irá ser sempre o meu cais...
Mas não, e o tempo a levou.
Nem a saudade já tolera a desesperança.
Nem a esperança fica,
Derreteu metais.
E o que espero vem da morte,
Com certeza.
E da morte pouco mais há que a tristeza,
Mas riqueza a mais que a morte
Não se estica.
Ficou do vento que passou,
Essa tristeza que me engana por ser mágoa,
Mas que é mágoa nunca mais justificada,
Porque a morte foi o vento que a levou.
Ficas tu, do vento,
Que por matéria que és, não voas mais.
E a saudade dir-me-á que ficarás.
Nem o vento tu contigo levarás.
Voas aqui, nas minhas nuvens,
Mas sei que estarás nas estrelas com encanto:
Esse brilho que não é o do entretanto,
Esse brilho que, de luz, dá muito mais.
Ficas, e não vais.
Nem com o vento que voou desistirás,
Pois és força, e ao vento resistirás,
Pois és vento que não voa, ficarás.