E se viesses pousar na minha rocha,
Pássaro sem sol?
Levarias de tudo no vento contigo
Quando voasses.
E se fosses no céu sem estrelas
E no mar sem sal?
Perguntarias tu se um dia estiveste escondido
Na minha rocha?
E se viesses deixar as marcas dos teus pés na areia,
Para que as levasse o mar?
Saberias tu deixar-me saudosa
De as ler? De as contar?
Não fazes tu pequena ideia
Que a areia que levas
Colada nas asas,
Foi feita do mar,
E provém das trevas:
Lágrimas salgadas
Desfazem-me em tempo.
Promessas escaldadas
Por sol e por vento...
quarta-feira, 27 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Sentei-me na janela para escrever.
Tentei mover as estrelas que me ilustram com desdém,
Com elas cada letra se faria,
E esse céu as leria,
Como se nele fosse alguém.
Sentei-me na janela e fiz-me surda.
Não quis ouvir palavras, não quis falar.
Com elas cada angústia se faria,
E se as palavras fossem só em vão, até me ria.
Como se nelas fosse alguém.
Sentei-me na janela e respirei.
Não sei quem sou, quem fui ou quem serei,
Tentei mover as estrelas que me ilustram com desdém,
Com elas cada angústia se faria,
Como se nelas fosse alguém.
Tentei mover as estrelas que me ilustram com desdém,
Com elas cada letra se faria,
E esse céu as leria,
Como se nele fosse alguém.
Sentei-me na janela e fiz-me surda.
Não quis ouvir palavras, não quis falar.
Com elas cada angústia se faria,
E se as palavras fossem só em vão, até me ria.
Como se nelas fosse alguém.
Sentei-me na janela e respirei.
Não sei quem sou, quem fui ou quem serei,
Tentei mover as estrelas que me ilustram com desdém,
Com elas cada angústia se faria,
Como se nelas fosse alguém.
Subscrever:
Mensagens (Atom)