quarta-feira, 27 de abril de 2011

E se viesses pousar na minha rocha,
Pássaro sem sol?
Levarias de tudo no vento contigo
Quando voasses.
E se fosses no céu sem estrelas
E no mar sem sal?
Perguntarias tu se um dia estiveste escondido
Na minha rocha?

E se viesses deixar as marcas dos teus pés na areia,
Para que as levasse o mar?
Saberias tu deixar-me saudosa
De as ler? De as contar?

Não fazes tu pequena ideia
Que a areia que levas
Colada nas asas,
Foi feita do mar,
E provém das trevas:
Lágrimas salgadas
Desfazem-me em tempo.
Promessas escaldadas
Por sol e por vento...

Sem comentários:

Enviar um comentário