terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não me lembro de mim.
E à volta do que sinto que me resta sinto dor.
Não me lembro de mim no que procuro em minha mente, com fulgor...
E desmaio, de sofreguidão de mim.
Não me lembro de mim,
Se aquilo que em mim fui é ser cinzenta,
Já não sei o que em mim tive ou o que me tenta.
Já não lembro o que em mim fui.

Não me lembro de mim em ti,
Nem me lembro se algo há em mim que te segue.
Nem na pele, nem tal nos olhos que me cegue,
Não me lembro se tal réstia há de mim...

E sem querer vejo-me a implorar no Outono
Pelo Verão que me manteve em pleno sono,
Pelo sono que me fez demais sonhar...

Mas por querer sei que me tenho neste Inverno,
E sem querer és frio eterno no Inferno,
Que insiste em fazer disso eu me lembrar...

domingo, 11 de outubro de 2009

Abaixo a ditadura!
Abaixo o que é mais podre da Loucura!
Abaixo o sentimento sem razão!
Abaixo o que é razão sem emoção!
Abaixo!

Abaixo,
Que no sonho está mentira!
Que no carrossel do sonho o amor não gira!
Abaixo o que não é imperfeição!
Lutemos pelo mundo da razão!

Abaixo o que nos prende sem pagar,
Tudo aquilo que emoldura o meu pensar!
Abaixo o que não dá serenidade,
Lutemos pela nossa liberdade!!!

sábado, 10 de outubro de 2009

Não existo em mim.
De tudo o que me estraga já não sei o que me encanta, e já não sou.
Nada.
Nada existe em mim.
Nem sequer palavras, às quais eu dê um fim...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009




Dançar...
Como no céu as folhas dançam
E a sua sombra pela relva,
Mas em ti.
Perder-me em euforia
Como o azul que o céu me cria
E ser feliz...

Dançar...
Aquela música cinzenta
Que, de cor, só nos contenta,
Que, ao amar, nada nos tem...
E sentir,
Sentir tudo o que se sente
E, sem querer, nada me mente,
Vou fugir...

Dançar...
Aquela pobre melodia,
Por ser rica é que se cria,
E faz mover...
Como as folhas, lá nas estrelas,
Céu alcançam, só por vê-las,
Ao crescer...