terça-feira, 20 de outubro de 2009

Não me lembro de mim.
E à volta do que sinto que me resta sinto dor.
Não me lembro de mim no que procuro em minha mente, com fulgor...
E desmaio, de sofreguidão de mim.
Não me lembro de mim,
Se aquilo que em mim fui é ser cinzenta,
Já não sei o que em mim tive ou o que me tenta.
Já não lembro o que em mim fui.

Não me lembro de mim em ti,
Nem me lembro se algo há em mim que te segue.
Nem na pele, nem tal nos olhos que me cegue,
Não me lembro se tal réstia há de mim...

E sem querer vejo-me a implorar no Outono
Pelo Verão que me manteve em pleno sono,
Pelo sono que me fez demais sonhar...

Mas por querer sei que me tenho neste Inverno,
E sem querer és frio eterno no Inferno,
Que insiste em fazer disso eu me lembrar...

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