sábado, 15 de agosto de 2009

O que procuro eu nas estrelas
Quando tu me levas ao céu?
Refugio-me só por vê-las,
Retraio-me no meu ilhéu...
E tudo por medo de ter
O que não há nas estrelas do céu...

Ai! A Fome corrói-me por dentro:
A fome de te ser mais.
É contigo que em mim entro,
Por desejos literais.
E me deserto no entretanto,
Esperando outros sinais*

É por isso que conserto o desconcerto,
Sem saber que isto de nada servirá.
Sou cobarde ao ponto de evitar o certo,
Para lutar pelo amargo do que há.
Sem saber que o mais doce é de ti perto,
Fujo do calor que o frio não me dá...

Com estas palavras mato mais um pouco,
Quebro, em mim, o que decerto me faz rir,
Por exemplo, o teu sorriso que, em mim, louco,
Em felicidade e encanto me faz vir...
O que quero, já não sei, mas sei que o sofro,
No que sinto, que insisto em me mentir.

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