domingo, 6 de junho de 2010

Podia desarmar o mundo só para ti,
Se fosses Rei.
Desacabar o brilho das estrelas,
Se fosses céu.
Como poetisa antiga,
Escrever o impossível,
Isto, se fosses meu,
Inatingível.

Mas vou deixar-me de ser sonhadora
Pois sabes que no sonho não há cura.
Apenas uma dor desoladora
De esperar o que não vem, leva à loucura.

E vagueio-me por coisas que disseste
E que por sinal, ouvi, sem ser calada.
Mas imploro-te o silêncio no que leste,
Ao silêncio rogarei a madrugada.

Mais não digo, são demais estas palavras
Para quem não ouvirá, decerto, a lua.
Gostava que fosses Rei, que fosses Céu,
Poesia num mundo que não é meu.

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