Do vento apanhei o frio,
Da chuva apanhei a água.
Nos pés correu o vazio do gelo da minha mágoa.
E fiquei.
Lateja na minha cabeça
O som daquelas palavras
Mentiras que não queres que esqueça,
Sementes na terra que lavras...
Ai!
Porquê?
Porque o tempo nos marca com febre,
Nos faz delirar sem certezas
Sem querermos que o tempo nos marque,
Por chuva levamos levezas,
Pesadas que nos matam, porque
Na mentira não há riquezas...
E fico, fechada, de cama.
Quarentena no meu coração.
Porque um dia fiquei no frio
À espera de ti, em vão...
Olá. Está muito bonito, gostei de ler. Tens jeito para escrever assim umas coisinhas destas, só que não gosto onde vais buscar a tua inspiração. Fica bem, beijinho.
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