domingo, 27 de abril de 2014

Braga, 23 de Abril de 2014
 
Se calhar caír o céu nestas estribeiras,
Pairante no conforto de o não ver
Serei eterna efémera ardente onde semeia
A vontade que não tem de em mim crescer.

Configuram-se castigos onde o tempo em si tropeça,
Da alegria que na aparição presente
Se corroi, tal é o pranto que começa
No fim onde fala o peito e a voz mente.
...
Supremacia que é quente e me ligeira
O pensamento que bate sem se ler,
Já não sei escrever então dessa lareira
O frio que em mim se abate sem crescer.

E procria o amor-perfeito em flor vibrante,
Com carinhos que nele mal me fazem crer
Para deixar vestígios secos de uma amante
Que há escondida algures à espera de nascer.

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