segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Quem será o dono dos nossos demónios?
Serão eles amestrados por corpos sem valores,
Desesperos, ardores,
Quem será?
Começamos intérpretes do momento,
Saliva, suores, unguento,
Mas quem nos os será?
Vêm os tempos sangrentos,
Para nos deixar perdidos,
E vivemos atentos,...
Apaziguando os desconfortos
Dos nossos demónios,
Que ninguém tem.


Ofereço os meus demónios
A quem os souber guardar.
Que lhes dê um bom nome,
Que lhes faça um carinho,
Que lhes cure a dor.
Soltando-os do seu criador,
Que lhes construa um castelo,
Bem longe, bem longe de mim,
Que ponha aos meus demónios
Um fim.

1 comentário:

  1. Que não seja eu o dono dos teus demónios?
    Pois não te quero amestrada nem acorrentada a dores,
    Mágoas, lágrimas ou páginas sem cores,
    Que não sejamos anónimos ou antónimos.

    Afinal somos intérpretes do momento,
    sal, terra, mar e vento.
    Que não seja eu pois
    Vêm os tempos sangrentos,
    e não sabemos o depois
    Não estaremos, afinal, desatentos?

    Apaziguando os desconfortos
    Dos nossos fantasmas
    Não querendo trocar os confortos
    de uma paixão sem amarras.

    Não ofereças os teus demónios somente
    Pois és mais do que aquilo que te dás a guardar
    E o teu nome embrulha em presente
    Que será feito um carinho para a dor acalmar

    O criador está ligado à criatura,
    Vivendo em cabana ou castelo, enfim
    chegará a altura
    em que os demónios chegarão ao fim

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