sábado, 23 de outubro de 2010

És paz em chama acesa que consome.
És quente em mim, na pele arrepiada...
És frio numa noite de Outono,
Inverno em solarenga madrugada.

És mítico poema num olhar,
Que por não ser palavras, julga tudo.
És eterna conversa que se cala,
Sem desejo que, nisso, sejas mudo.

Não queria escrever estas palavras,
Pois se és, és mais que mera descrição.
Feliz posso eu ser, que me prometes,
Escrever-me nos dedos da minha mão...

Sentiste-me o destino, se ele existe.
E adubaste a flor que em mim plantaste...
Mais tarde nada vou ser, que o meu destino,
Pensando que em mim o desenhaste...

Sem comentários:

Enviar um comentário