sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vou fugir ao que é terreno,
Mas vou dançar.
Pôr o vento numa caixa,
Para deixar de voar.

Vou cair lá no horizonte,
Pois foi lá que me perdi.
Enterrar o uivo no monte,
Achando que o lati.

Se for chuva, vou escorrendo,
Até que me vou bebendo,
As árvores saciar,
Até me saber cantar.

Na água de um rio me ponho,
Na lama das margens me afundo
E numa poça me sonho,
Achando nas nuvens um mundo.

3 comentários:

  1. Ao ler a primeira frase associo a algo:
    Um dia vi um pequeno video clip e não mais me esqueci...
    Era uma criança, que levava um frasco....
    percorreu vários quilómetros, a correr, de carroça, cavalo, etc... foi ao topo de uma montanha...
    essa ida apenas foi para apanhar um vento...e guardar-lo dentro do frasco...
    Após guarda esse vento, voltou a fazer os mesmo quilómetros para casa...
    Para meu espanto o vento que ele apanhou era para o seu avô... que fazia anos...
    Como um simples vento/gesto pode simbolizar tanto...

    ResponderEliminar
  2. Bem, gostei muito, está tão bonito! Era bom se pudessemos fugir ao que é terreno para vivermos com mais liberdade e sentido de aproveitamento para o mais simples momento! (:

    ResponderEliminar