quarta-feira, 17 de junho de 2009

Roubas o sentido às palavras
Quando me incumbes proferi-las.
És tu e o tempo,
O calor ou o momento
Que eu desejo para por fim às minhas feridas.
Mas não sei.
Em mim crias qualquer espécie de arrepio
Que me cala por saber o que me encantas…
Porque não me estancas?
Estás longe e fazes o meu peito chorar…
Não sei se te quero amar,
Talvez o melhor seja esperar,
Mas eu não tenho tempo…
Não quero dever favores à lua
Por ter desejado em tempos
O que tenho…
Se a distância percorrida
Demorou eterna e querida
Até ter-te como tenho,
Então peço um desejo ao sol
Para dar-te o corpo mole
E nele levar-te até a Lua…
Que não é minha e nem será tua…
Mas espero-te, sem te querer assim,
Mas assim te quero,
Mas assim te espero,
Como o prometido…
Peço-te um beijo.
Mas na sua protecção não resguardo segurança,
Como quero…
As palavras correm-me, como deveriam os meus dedos na tua pele….
As palavras comem-me por dentro e deixam sabor a mel…
Desejo-te…
Mas não sei voar para te levar ao céu,
Logo, não o esperes…
Um dia, pedi um desejo à lua
Pedi-lhe que fosse eu tua…
E agora, se fores tu meu,
Não te sei levar ao céu…
Ensina-me a voar com o teu beijo,
A escrever com os teus dedos,
A sonhar com os teus olhos,
Já que um dia prometi,
Já que um dia jurarei
Que, sobre ti, nunca escrevi,
Que, sobre ti, não escreverei…

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