quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ouvi dizer do vento que ele é surdo
De saudade.
E as estrelas multiplicam fantasias.
Ouvi dizer do tempo que ele, no fim,
Traz a verdade.
E o mar, as maresias.

Ouvi dizer ao vento que o que sopra nele
É cedo.
De tempo, de toque, de minutos
E de medo.
Ouvi dizer que o vento não se mexe
Sem loucura,
E ao querer, ele, ser mais lento,
Acha nisso uma tortura.

Ouvi dizer do vento que ele é surdo
De saudade.
Por ser livre, diz-se lento
De sentir a liberdade.

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