sexta-feira, 27 de abril de 2012

Emudece-me a pele.
Fá-lo onde as páginas não são mais
Que meros desenhos da realidade,
E onde o mundo é tudo o que se sonha
E não se pode tocar.

Emudece-me a vontade.
Que sem ela serei, eu, só mais um corpo
Em cativeiro.
E longe, de longe, da verdade,
Saberei, assim, amar.

Emudece-me a alma.
Que a calma já não faz o ser crescer.
Emudece-me a alma, e faz-me deixar de ser.
Em cativeiro.
Que o mundo que é tudo o que se sonha
Já não se pode sonhar.

1 comentário: