quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dançamos
Almas como sem gente.
Dançamos
Calmas no silêncio.
Perdemos
Almas sem semente.
Perdemos
Calmas no pretêncio.

Não sei os olhos do vento,
Já não sopra.
Ou quais as flores que cheiro
Sem perfume.
O que sei sabe a tempo
Que não toca
E a fogo que se sente
Sem ter lume.

Dançamos
Como quem não quer ser gente
Perdemos
As estribeiras do controlo.
E o que fica é tudo o que jamais
Nos mente.
Como febre fica apenas o desolo.
Dançamos.
Perdemos.
Ficamos.

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