sábado, 3 de abril de 2010

Lá fora o tempo ruge
Com a voz do desconhecido feita em vento.
Desinvade-me de medos e tristezas!
Leva-me p'ra longe num momento.

E agora, fico-me na campa das palavras.
Que porque não deixei, não foram mágoas,
Que porque não deixei, nem bom prazer.

Do medo fica apenas a loucura
De não me ter vencido desta cura
De simples ter fugido do meu ser.

Não há mais do que cores para ser pintadas
Não há mais do que palavras mal ditadas
Não há mais do que sonhos sem se viver.

E agora, fico-me sem podres na pureza,
Sem escuro do qual algo me proteja,
Sem frio para que surja o coração...
Não tenho a minha mão.
Perdi toda a razão.
E nada tenho. Nada noutra mão.

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