sábado, 11 de julho de 2009

Sensibilidade é o que rouba às palavras poesia.
Sentir o que não se escreve e repensar o que se cria.
Crio-te em mim, como um sonho, num arrepiar de loucura que me tira o sono, que me rouba a ternura de o escrever.
E o que sinto não é senão mais que o sonho, mas o que tenho é muito menos que o que penso ou imagino. Porquê? Porque não?
Toca-me, se for isso a poesia, e se fores assim poeta como escreves, servir-me-ás. Eu que sou sacerdotisa, preciso da loucura para rezar, do teu calor para me ocultar.
Tremo, porque em mim não encontro mais respostas, e apenas no pensamento mágico me conforto. Não sei o que és, mas porque me ripostas? Se sei que não te voou ter, sabendo que no fundo te tenho, em mim não há mais palavras, em mim não há.... Senão dor. Dor que é provocada por achar-te com amor suficiente para me dar. E no fim, acordo sem nada, sem calor, sem ternura, sem loucura... Com tremor..
Penso-te, mas no fim, não há mais nada senão o pensamento.
Não quero nem vou depender de ti, pelo que me comporto como se de nada valessem os meus pensamentos. Fico-me.

Sem comentários:

Enviar um comentário