segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O teu nome é o que começa no Mar
E acaba em Terra,
E este é o último poema que lhe escrevo.
É certo que não sabes quem diz nem, bem, quem erra,
E descobri-lo será o teu maior medo.
Serás tu assim, barco de remos?
Ou pensas que no vento tens guarida?
Perdoo-me por querer navegar-te
Numa viagem de volta sem ida...
Mas sou, pois, chama acesa que se abate,
Por razões que no tempo não se tentam.
E tentando sem fim que o céu se mate,
Resta-me a Lua e estrelas que se inventam.
Recordo neste céu que, vão, me cobre,
As nuvens que, de chuva, não tocámos.
Quem sabe, esperarei morrer de frio,
De um dia, que de quente, confortámos.
Já foi mais longe o tempo que o que foste,
Mas gasto-o, sem querer. Reles esperança!
Fui noite e ao dia queres que me encoste,
Palavras caladas numa aliança!

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