terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nunca mais eu vi as estrelas,
Perdeste-te na noite só por vê-las
Esqueceste-te das cores que tens ao tê-las,
E roubaste-mas, do meu céu.
Fingiste-te seres tu desentendido,
Por achares tu mal que eu as tinha tido,
Mas Foi porque tas dei que as tiveste,
As estrelas daquele céu que me reveste.
Nunca mais as vi.
E, com esperança, estou a pé pré-alvorada.
Mas não dá, e sem que queiras foi para ti
Que o fogo reservou noite matada.
Nunca mais, e sei que não te importas com o desgosto.
As palavras são carinhos no teu rosto,
E eu? Eu nada sou. Nem nada do que te dou.
O que te dou é tempestade,
Inundações de vaidade,
Carinhos sem ter amor...
Talvez não, mas o que o vales,
Não chega para matares
O desgosto das palavras, que me dizes por me amares.
Por não teres mares....
Por não teres praias...
E a revolta em mim é tanta
Que desejo que não caias...
E os pontos não se acabam,
Porque um dia vi palavras e palavras não me viram,
Deixaram-me desgastada nas amarras do que queriam...
Deixei de te querer palavras.
Um dia pedi-te estrelas....
Mas as estrelas que me amavas
Não eram assim tão belas....
Aquelas? Nunca mais as vi.....

1 comentário:

  1. Acho tão bonita a ponte que consegues estabelecer entre a realidade e o imaginário através dos teus poemas. Neste caso, era bom que as estrelas mais belas pudessem ser partilhadas, e não retiradas de ti para serem dadas a ele. Talvez assim não fosse necessário qualquer tipo de palavras que tivessem a capacidade de ser um carinho no rosto ou, no pior dos casos, que fossem o desgosto.
    Muito obrigada pelos teus comentários e por tudo aquilo que me dizes, pois é através das tuas lindas palavras que eu também vou aprendendo. Beijinho :)

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