quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sem título1

A partir da aula de sociologia, onde neste momento me encontro a meditar, reflicto. Não sei se tudo o que me passa a frente merece o meu olhar atento, mas a verdade é que simplesmente não sei para onde olhar. Não vou voltar a repetir o verbo apetecer, porque de tudo o que me apetece fazer, nada realmente merece a minha verdadeira atenção, porque cada vez mais tenho a certeza que é um desperdício de tempo pensar nisso. Mas algures na minha mentalidade ecológica, encontro situações nas quais me perco intensamente, e por me perder, não as encontro. Conclusão: não sei em que pensar.

Gostava de te ter, desconhecido, em quem penso tanto (pensamento que mais precisa de ser reciclado - para fazer coisas novas), disponível para pensar em mim tanto quanto eu me dedico a isso, pelo que sei que não tenho.
Chamam-me louca por escrever mais rápido que o que penso, mas eu sou louca por não pensar quando escrevo.

Como dizia Fernando Pessoa, um dos meus poetas de "engate", sinto a dor de escrever. Sinto-me heterónima desse poeta, que me enforca de tal dor que me transmite, por me encarnar profundamente n'"Isto".

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